quinta-feira, 28 de junho de 2007
Cama Fria (Parte I)
Noite vazia
Cama fria
Não quero a noite e vazia
Nem a cama
Sem ti
Tão fria
Não quero a lua
Da noite fria
Cabelos negros
Morena macia
Quero-te nua
Não a lua
Minha alma
Metade
Em busca da tua
outra metade
Acordado,
Sonho-te nua
Enlouqueço
Minha alma
Como a lua
que flutua
em busca do sol
também vive
em busca da tua
A noite é sem fim
Por isso,
Antes que a noite termine
Vem para mim,
É teu
Todo o amor da noite sem fim
como é teu
Todo o amor que há em mim
(Raí Mendonça)
Sem Palavras
As palavras estão ficando vazias.
Há silêncio em meu peito
meu coração bate sem jeito
Minhas noites permanecem frias
(Raí Mendonça)
Apenas Palavras? (parte II)
Seriam Apenas palavras
As palavras que o poeta
Retira de sua dor?
Ou seriam palavras
Marejadas de amor?
Com razão assim
Como conseguias pensar
Senão com as mesmas palavras
Que te fazem chorar
Pelo amor de quem sonhavas?
Se elas não vêm da alma
Nada mais sentimos
Apenas carne seremos
Nada mais somos
E amor jamais teremos
(Raí Mendonça)
Apenas Palavras?
Quando o amor tem medo de amar
O coração se perde em agonia
E nada consegue entender
Se a palavra se torna vazia...
Quando nem mesmo o poeta
Nada mais consegue dizer
Ao coração que esquecido
Aos poucos prefere morrer
Nada mais se pode fazer
Nem a mais bela poesia
Se a palavra se torna vazia...
O vazio se instala no peito
É o sufoco, não tem jeito
Não há calor, nem alegria
E a esperança que a brisa trazia
E no peito ardia
Aos poucos morre no leito
Se a palavra se torna vazia...
Quando o coração bate sozinho
Não há luz no horizonte
Nem um toque de carinho
Não há rosas nem espinhos
Nem vereda, nem caminho
Nem há pássaros nos ninhos
Nem o luar que havia
Se a palavra se torna vazia...
Mas quando o amor desperta
A paixão que na noite jazia
Vai deixando a porta entreaberta
Palpita e transborda alegria
No compasso da poesia
E a tristeza que havia
Dá ouvidos ao poeta
À palavra que não ouvia
E que não mais voltará vazia...
(Raí Mendonça)
Beijo Furtado
Quisera eu tivesse furtado o primeio beijo teu
Tua boca para sempre me bastaria
Para sempre, o meu amor seria teu e o teu somente meu।
Quisera eu tivesse sido o primeiro amor da tua vida
Se assim tivesse ocorrido, jamais teria sofrido o luto da despedida de um amor indevido
Para sempre, o meu amor seria teu e o teu somente meu।
Quem dera o anjo Cupido o seu arco para ti apontasse, e o poema que de ti nasce, como seta o lançasse,
E este em teu coração penetrasse, com prazer, o meu amor seria para sempre teu, e o teu somente meu।
(Raí Mendonça)
Lágrimas Noturnas
Menos um dia sem planos
Menos um ocaso sem ti
Menos um luar que não vi
Menos uma noite sem encantos
Lágrimas noturnas desenham lá fora
Caminhos incertos em vidro embaçado;
Líricas imagens do meu passado,
Enigmas do meu “agora”
Menos uma noite sofrida, sem sabor
Menos uma noite esquecida, sem calor
Menos uma noite perdida, sem Amor
Lágrimas noturnas, primavera sem flor
Lágrimas noturnas, manhã sem cor
Lágrimas noturnas, existência sem Amor
(Raí Mendonça)
Recado para Melina
Oi, Melina!
Teu nome rima com menina
Menina lembra inocência,
Que rima com a experiência
Que a estrada da vida ensina
O que na tua língua fazem,
Frias peças de metal?
Tua liberdade...
Acho que querem roubar
Como se não bastasse,
Também te querem levar
A mais sublime de todas
Que é a de beijar
O que mais querem te roubar
Oh doce menina?
O direito de amar?
Pára com isso Melina
E coisas de Amor
Poderei te ensinar...
Posso te fazer uma canção
Com os raios de luz
Que vêm das estrelas
Posso de dar o luar
Que só traz afeição
Que alimenta o Amor
Que vem do coração
E essa trava agressiva
Que prende a tua língua
Retira logo Melina
Liberta o coração!
Pára com isso menina!
(Raí Mendonça)
Delicado Colibri
Contigo, jardins são mais coloridos
na leveza de tuas asas em movimento
há um delicado encantamento
Aguçando os meus sentidos
Sonho azul, paraíso sem fim
que meus desejos conhece,
onde estás que não aparece?
Será que esqueceste de mim?
Beija-flor do Oriente distante,
tão distante e tão presente
Penso em ti a todo instante
Sou a flor do Ocidente
Suga o néctar da minha vida
Beija a flor desse amor dilacerante
(Raí Mendonça)
Amor Indelével
Assim como o vento castiga as flores
A solidão alimenta dores
E assim como o tempo corrompe as cores
A distância sufoca amores
Mas o beijo de amor é eterno
Da primavera ao inverno
Como eterno é o Amor
Indelével e sempre terno
Ao abrigo da chuva e da dor
Do outono e do verão
Vive lá no coração
Nosso indelével Amor
(Raí Mendonça)
Borboleta Feliz
Linda, delicada e feliz...
É assim que te vejo
Mais ainda te desejo
Sonho que eu sempre quis ...
Chego a sentir o calor
Do teu corpo acetinado
Doce pecado desejado
E sonhado com ardor...
Amor, paixão e loucura
Bocas em louca procura
Doçura, sabor de ternura
Meu coração que te ama
Batendo, parece que chama:
Josana, Josana, Josana...
(Raí Mendonça)
Assinar:
Postagens (Atom)